“O direito humano à saúde, previsto em instrumentos internacionais como a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), deveria ser garantido a todos sem distinção. No entanto, os obstáculos impostos às mulheres migrantes revelam um hiato entre o que está consagrado no papel e a realidade vivida por aquelas que se deslocam em busca de uma vida melhor. A exclusão sanitária dessas populações não é apenas uma falha administrativa, mas um problema estrutural que exige respostas urgentes e eficazes.
A proposta desta obra é, portanto, não apenas denunciar essas desigualdades, mas contribuir para a construção de um horizonte mais justo. As discussões aqui apresentadas desafiam as leitoras e os leitores a refletir sobre como as políticas públicas podem ser aprimoradas para garantir que o acesso à saúde seja, de fato, um direito humano universal. A mediação sanitária surge como um mecanismo promissor, capaz de reduzir barreiras e fortalecer redes de proteção.”
Patricia Gorisch