A situação sociolinguística e de letramento em língua Nheengatu dos professores e alunos das escolas indígenas do município de Manaus, Amazonas

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Ademar dos Santos Lima

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Este livro examina a complexa situação sociolinguística e de letramento em língua Nheengatu entre professores e alunos das escolas indígenas na região do Baixo Rio Negro, em Manaus, Amazonas. O autor, Ademar dos Santos Lima, traz à luz sua própria jornada linguística e acadêmica, refletindo sobre a rica diversidade sociolinguística do Brasil e, mais especificamente, da região Amazônica. Através de uma metodologia etnográfica e sociolinguística, investiga as práticas de letramento e as competências linguísticas em Nheengatu nas escolas, questionando como essas práticas impactam a preservação e o fortalecimento da língua no cotidiano comunitário.
A obra é estruturada em uma abordagem que intercala a contextualização histórica da língua Nheengatu, a importância da educação escolar indígena e as práticas de letramento como meios de resistência cultural e linguística, destacando os desafios e as oportunidades presentes na educação indígena, propondo que o letramento em Nheengatu nas escolas pode ser um caminho vital para a revitalização da língua. Assim, não apenas contribui para os estudos sociolinguísticos da região Amazônica, mas também para a compreensão mais ampla de como as línguas indígenas podem ser mantidas e revitalizadas em contextos educacionais específicos.

ISBN

978-65-81399-79-5

Ano da edição

2024

Nº Edição

1

Versão

Versão digital (e-book)

Páginas (versão digital)

409

Editora

Dom Modesto

NCM

49019900

Sumário

CAPÍTULO I. CAMINHOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA
1.1 Considerações iniciais
1.2 Arcabouço teórico
1.3 Desenhos da pesquisa
1.3.1 Breve contexto da região do Baixo Rio Negro
1.3.1.1 Aspectos sociolinguísticos
1.3.1.2 As escolas indígenas municipais Aru waimí, Kunyatá Putira e Puranga Pisasú
1.4 Universo e amostra da população pesquisada
1.5 Métodos e procedimentos da investigação
1.5.1 Métodos
1.5.1.1 Procedimentos sociolinguísticos etnográfico-interacional
1.5.1.2 Alcance da investigação
1.5.1.3 Recursos e materiais de geração e coleta de dados
1.5.1.4 Procedimento e técnica de análise dos dados gerados
1.6 Considerações parciais

CAPÍTULO II. UM PANORAMA SOCIOLINGUÍSTICO DO BRASIL
2.1 Considerações iniciais
2.2 Breve contexto da situação sociolinguística do Brasil
2.3 A diversidade linguística no Brasil
2.4 As variedades linguísticas do português brasileiro
2.5 Línguas oficializadas, cooficializadas e reconhecidas no Brasil
2.6 A situação sociolinguística na Amazônia
2.6.1 As línguas negligenciadas
2.6.1.1 A emergência de estudos linguísticos das línguas dos indígenas isolados
2.6.2 As línguas amazônicas vivas, extintas, mortas, debilitadas e revitalizadas
2.6.2.1 Língua viva
2.6.2.2 Língua extinta
2.6.2.3 Língua morta
2.6.2.4 Língua debilitada
2.6.2.5 Língua revitalizada
2.6.2.6 Classificação das línguas amazônicas por categoria
2.7 O multilinguismo no município de Manaus
2.8 Os fenômenos de diglossia e bilinguismo em contextos bilíngues
2.9 Considerações parciais

CAPÍTULO III. A EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA EM MANAUS
3.1 Considerações iniciais
3.2 Breve contexto histórico da educação escolar indígena em Manaus
3.3 O marco regulatório da educação escolar indígena em Manaus
3.4 A proposta pedagógica de ensino na educação escolar indígena
3.5 As práticas educativas nas escolas indígenas de Manaus
3.6 As experiências escolares nas escolas e centros municipais indígenas
3.7 Os espaços escolares da educação escolar indígena em Manaus
3.8 A situação das línguas indígenas em Manaus
3.9 Censo dos alunos indígenas da Rede Municipal de Ensino
3.10 Senso dos professores e alunos indígenas da Rede Municipal de Ensino
3.11 Considerações parciais

CAPÍTULO IV. SOCIOLETRAMENTO NA PERSPECTIVA DOS POVOS DA FLORESTA
4.1 Considerações iniciais
4.2 A Sociolinguística e os fenómenos de letramento
4.2.1 Letramento
4.2.2 Socioletramento
4.2.3 Ecossocioletramento
4.2.3.1 O ecossocioletramento na perspectiva dos povos da floresta
4.2.3.2 O ecossocioletramento no cotidiano da criança dos povos da floresta
4.2.3.2.1 A sonoridade da ecologia como pedagogia do ecossocioletramento
4.2.3.2.2 O ecossocioletramento da bototerapia
4.3 Amazônia, a gramática do mundo
4.4 Considerações parciais

CAPÍTULO V. CONTEXTO SOCIOLINGUÍSTICO DO NHEENGATU
5.1 Considerações iniciais
5.2 Do Tupinambá à língua geral amazônica (LGA)
5.2.1 O Nheengatu como língua franca na Amazônia
5.2.2 A geolinguística do Nheengatu
5.2.2.1 A língua Nheengatu no estado do Pará
5.2.2.2 A língua Nheengatu no estado do Amazonas
5.2.2.3 A língua Nheengatu na Venezuela e Colômbia
5.3 Breve abordagem macrossociolinguística do Nheengatu e seu uso social
5.3.1 O code switching na comunidade indígena bilíngue
5.3.2 Empréstimo linguístico
5.4 Língua, natureza e práticas socioculturais na Amazônia
5.4.1 Analogia da ressignificação dos troncos arbóreos e linguísticos
5.5 Considerações parciais 232

CAPÍTULO VI. A SITUAÇÃO SOCIOLINGUÍSTICA NO BAIXO RIO NEGRO
6.1 Considerações iniciais
6.2 A situação sociolinguística dos professores indígenas em Nheengatu
6.3 A situação sociolinguística dos alunos indígenas em Nheengatu
6.4 Os fenômenos sociolinguísticos nas comunidades do Baixo Rio Negro
6.5 Considerações parciais

CAPÍTULO VII. A SITUAÇÃO DE LETRAMENTO NO BAIXO RIO NEGRO
7.1 Considerações iniciais
7.2 As práticas do ecossocioletramento nas escolas indígenas
7.2.1 O ecossocioletramento através da sonoridade da ecologia amazônica
7.3 A situação de letramento dos alunos indígenas em língua Nheengatu
7.4 As competências e habilidades linguísticas dos alunos indígenas em Nheengatu
7.5 Expressões em Nheengatu do contexto escolar dos alunos indígenas
7.6 O ecossocioletramento nas comunidades do Baixo Rio Negro
7.7 A situação comunicativa nas escolas indígenas bilíngues
7.8 Considerações parciais

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