“Para falar da violência contra a mulher no Brasil e no mundo, precisamos entender as raízes dessa realidade que tem tirado a vida de milhares de mulheres ao redor do planeta. Precisamos falar principalmente sobre o sentimento de posse do homem sobre a mulher, não apenas um sentimento, mas, em muitos casos, uma convicção. Essa premissa de que a mulher é propriedade do homem nos remete inicialmente à formação social como a conhecemos hoje, quando o ser humano passou a se fixar na terra e, por meio do cultivo, surgiu o excedente de produção, e, consequentemente, nasceu o comércio, o capital, o lucro, passou-se a estabelecer a propriedade privada, trazendo também às famílias a preocupação com a sucessão da herança, afinal era o homem que trabalhava na terra e, por meio do trabalho dele, o acúmulo de capital se tornava possível para sua família.
(…)
É com o objetivo de trazer à discussão esse quadro de violência e, principalmente, buscar soluções para esse problema que apresentamos esse rico trabalho, o qual poderá servir de base para diversas políticas efetivas que venham a contribuir para um país mais seguro e justo para todas as mulheres.”
Camila Renatha Paiva Barbosa Torres
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